terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um lugar de passagem

Nos seus já longos anos de autonomia funcional, o Ministério Público nunca conseguiu consolidar uma hierarquia coerente, experiente e madura. A saída sistemática, no auge da carreira profissional, dos procuradores-gerais adjuntos mais qualificados traduziu-se numa hemorragia com graves consequências na sua organização. O Supremo Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Administrativo, ou Tribunal de Contas, foram e são depósito, sem ofensa, de um número significativo de conselheiros oriundos do Ministério Público. Pode ser bom para tais instituições ou para os próprios. Parece que não deverá ser motivo de orgulho para o Ministério Público. Uma magistratura que, na prática, tem sido um lugar de passagem, é uma magistratura menor.